quinta-feira, 9 de outubro de 2014

NÚCLEO DE PESQUISAS TEATRAIS no Festival Velha Joana - OFICINAS




As oficinas de teatro que farão parte da edição do NÚCLEO DE PESQUISAS TEATRAIS na Etapa Primavera do leste são práticas, com ênfase na performance. Os oficineiros, ambos professores e pesquisadores de Belo Horizonte (MG), vão propor um novo olhar para a criação no trabalho teatral.


Performance urbana: o convívio como prática espacial
 A oficina trabalhará a interface entre Teatro Físico e Performance, tendo por perspectiva das práticas site-specific. Trata-se de abordar, na interface entre teatro físico e performance, as modalidades de ocupação do meio urbano, das arquiteturas e fluxos da cidade. São os corpos em diálogo com a ambiência, com foco no convívio (a co-presença física entre performadores e público).
Serão realizados trabalhos em estúdio e nos espaços encontrados da cidade.
Ministrante: Luiz Carlos Garrocho
Conteúdo:
- Preparação corporal
- Estudos sobre quedas e contato com os parceiros e parceiras
- Improvisação e composição no instante
- Elementos de teatro físico
- Interferências, ocupações e diálogos nos espaços encontrados da cidade, preferencialmente o meio urbano.
- Avaliações (percepções do grupo quanto às ações, retomadas e desdobramentos possíveis).
- Objetivo:
Desenvolver ações de interferência, ocupação e diálogo com a cidade, focalizando o convívio como prática espacial.
Duração: 16 horas.
Requisitos:
- Experiência anterior com teatro, dança ou artes circenses
- Disponibilidade para atividade física intensa.
- Roupas: Para o trabalho em estúdio, roupas confortáveis que cubram o ombro. Nas ações na rua, calças jeans ou sociais, tênis e camiseta.
- Leitura: ARAÚJO, Antônio. Ações disruptivas no espaço urbano. Disponível em:
Luiz Carlos Garrocho atua nas áreas de pesquisa e criação cênica, filosofia e formação em teatro. Participa do Coletivo Contraponto, que se exercita na interface entre Teatro Físico e Performance, com ênfase as práticas site-specific e nos estudos sobre espacialidade. Formou-se em Filosofia pela UFMG em 1992 e concluiu o Mestrado em Artes pela Escola de Belas Artes/UFMG, em 2007, com a dissertação Cartografias de uma improvisação física e experimental. Doutorando em Artes – EBA-UFMG, com o tema A cena site-specific no âmbito dos espaços encontrados: convívio como prática espacial nas performances do Coletivo Contraponto. Professor de Teatro do Centro de Formação Artística da Fundação Clóvis Salgado, BH. Coordenou o Laboratório de Teatro Físico e Performance no CEFAR-FCS (2010-2012. Como gestor cultural dirigiu o Teatro Marília (1993-1996), o Centro de Cultura Belo Horizonte (1999-2004) e os Teatros Municipais (2005-2008). Entre os projetos criados, figuraram: Zona de Ocupação Cultural, Cabaré Voltaire (Performance), Leitura Aberta e Arte Expandida. Realiza palestras e oficinas sobre Teatro Físico e Performance.
TRAMAS TEXTOS E CENAS
A oficina propõe o desenvolvimento, a partir das relações entre jogo, fragmentos textuais e espaço, de instrumental dramatúrgico que possibilite a construção   de   uma    dramaturgia    contemporânea:    dramaturgia    da   cena, 
dramaturgia do espaço.


Número de vagas: 20 participantes
Destinado a: grupos teatrais, atores, diretores, dramaturgos e profissionais afins.
             
Cada participante deverá trazer referências textuais (que não 
deverão ultrapassar uma página cada: fragmentos de contos, poemas, músicas, 

trechos de romance, notícias de jornal, bulas de remédios), depoimentos 
pessoais, imagens dramáticas (frases curtas que contenham um ser humano 
em uma ação significativa) e objetos (incluindo peças de vestuário) que servirão 
de ponto de partida para as improvisações e para a criação textual. Tais 
elementos deverão ser significativos, instigantes e provocadores para quem 
os escolhe.
 Os participantes deverão vir para a oficina com roupa confortável e 
neutra, apropriada ao trabalho corporal, e deverão ter disponibilidade para a 
construção de textos fora da carga horária presencial da oficina.
As horas de trabalho terão um caráter essencialmente prático. A apreensão 
dos princípios de criação dramatúrgica se dará no âmbito do desenvolvimento de 

uma cena por cada um dos participantes ou grupos de trabalho.
 Os participantes deverão ter disponibilidade para a construção de textos 

também fora da carga horária presencial da oficina. 
As reflexões teóricas são, na maior parte das vezes, a posteriori, ou seja, a 
partir da análise do material apresentado e das questões levantadas.

Carga Horária: 08 horas


Ministrante:    Nina Caetano
Nina Caetano é pesquisadora da cena contemporânea, performer e dramaturga. Doutora em Artes Cênicas pela Escola de Comunicações e Artes da USP, é professora de Dramaturgia do DEART, Departamento de Artes Cênicas da UFOP. Atualmente coordena o OBSCENA, agrupamento independente de pesquisa cênica no qual investiga escritas performadas: textualidades produzidas no calor da ação performativa. Como dramaturga, atua junto a diversos grupos teatrais de Belo Horizonte, realizando sempre dramaturgias em processo, bem como orientando processos de criação e projetos de pesquisa.