As oficinas de teatro que farão parte da edição do NÚCLEO DE PESQUISAS TEATRAIS na Etapa Primavera do leste são práticas, com ênfase na performance. Os oficineiros, ambos professores e pesquisadores de Belo Horizonte (MG), vão propor um novo olhar para a criação no trabalho teatral.
Performance
urbana: o convívio como prática espacial
A
oficina trabalhará a interface entre Teatro Físico e Performance,
tendo por perspectiva das práticas site-specific.
Trata-se de abordar, na interface entre teatro físico e performance,
as modalidades de ocupação do meio urbano, das arquiteturas e
fluxos da cidade. São os corpos em diálogo com a ambiência, com
foco no convívio (a co-presença física entre performadores e
público).
Serão
realizados trabalhos em estúdio
e nos espaços encontrados
da cidade.
Ministrante:
Luiz Carlos Garrocho
Conteúdo:
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Preparação corporal
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Estudos sobre quedas e contato com os parceiros e parceiras
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Improvisação e composição no instante
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Elementos de teatro físico
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Interferências, ocupações e diálogos nos espaços encontrados da
cidade, preferencialmente o meio urbano.
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Avaliações (percepções do grupo quanto às ações, retomadas e
desdobramentos possíveis).
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Objetivo:
Desenvolver
ações de interferência, ocupação e diálogo com a cidade,
focalizando o convívio como prática espacial.
Duração:
16 horas.
Requisitos:
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Disponibilidade para atividade física intensa.
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Roupas: Para o trabalho em estúdio, roupas confortáveis que cubram
o ombro. Nas ações na rua, calças jeans ou sociais, tênis e
camiseta.
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Leitura: ARAÚJO, Antônio. Ações
disruptivas no espaço urbano. Disponível
em:
Luiz
Carlos Garrocho atua nas áreas de pesquisa e criação
cênica, filosofia e formação em teatro. Participa do Coletivo
Contraponto, que se exercita na interface entre Teatro Físico e
Performance, com ênfase as práticas site-specific e nos estudos
sobre espacialidade. Formou-se em Filosofia pela UFMG em 1992 e
concluiu o Mestrado em Artes pela Escola de Belas Artes/UFMG, em
2007, com a dissertação Cartografias de uma improvisação
física e experimental. Doutorando em Artes – EBA-UFMG, com o
tema A cena site-specific no âmbito dos espaços encontrados:
convívio como prática espacial nas performances do Coletivo
Contraponto. Professor de Teatro do Centro de Formação Artística
da Fundação Clóvis Salgado, BH. Coordenou o Laboratório de Teatro
Físico e Performance no CEFAR-FCS (2010-2012. Como gestor cultural
dirigiu o Teatro Marília (1993-1996), o Centro de Cultura Belo
Horizonte (1999-2004) e os Teatros Municipais (2005-2008). Entre os
projetos criados, figuraram: Zona de Ocupação Cultural, Cabaré
Voltaire (Performance), Leitura Aberta e Arte Expandida. Realiza
palestras e oficinas sobre Teatro Físico e Performance.
TRAMAS TEXTOS E CENAS
A oficina propõe o desenvolvimento, a partir das relações entre jogo, fragmentos textuais e espaço, de instrumental dramatúrgico que possibilite a construção de uma dramaturgia contemporânea: dramaturgia da cena,
dramaturgia do espaço.
Número de vagas: 20 participantes
Destinado a: grupos teatrais, atores, diretores, dramaturgos e profissionais afins.
Cada participante deverá trazer referências textuais (que não
deverão ultrapassar uma página cada: fragmentos de contos, poemas, músicas,
trechos de romance, notícias de jornal, bulas de remédios), depoimentos
pessoais, imagens dramáticas (frases curtas que contenham um ser humano
em uma ação significativa) e objetos (incluindo peças de vestuário) que servirão
de ponto de partida para as improvisações e para a criação textual. Tais
elementos deverão ser significativos, instigantes e provocadores para quem
os escolhe.
Os participantes deverão vir para a oficina com roupa confortável e
neutra, apropriada ao trabalho corporal, e deverão ter disponibilidade para a
construção de textos fora da carga horária presencial da oficina.
As horas de trabalho terão um caráter essencialmente prático. A apreensão
dos princípios de criação dramatúrgica se dará no âmbito do desenvolvimento de
uma cena por cada um dos participantes ou grupos de trabalho.
Os participantes deverão ter disponibilidade para a construção de textos
também fora da carga horária presencial da oficina.
As reflexões teóricas são, na maior parte das vezes, a posteriori, ou seja, a
partir da análise do material apresentado e das questões levantadas.
Carga Horária: 08 horas
Ministrante: Nina Caetano
Nina
Caetano é pesquisadora da cena
contemporânea, performer e dramaturga. Doutora em Artes Cênicas
pela Escola de Comunicações e Artes da USP, é professora de
Dramaturgia do DEART, Departamento de Artes Cênicas da UFOP.
Atualmente coordena o OBSCENA, agrupamento independente de pesquisa
cênica no qual investiga escritas performadas: textualidades
produzidas no calor da ação performativa. Como dramaturga, atua
junto a diversos grupos teatrais de Belo Horizonte, realizando sempre
dramaturgias em processo, bem como orientando processos de criação
e projetos de pesquisa.